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Ilumina as tuas Sombras!...

Da próxima vez que te sentires miserável por causa das tuas sombras, pára e respira!... Não permitas que a tua mente te faça cair nos enredos da vitimização, autocrítica, vergonha e culpa!...

Pois é... continuando no tema das sombras... mais uma vez, numa das minhas mais recentes caminhadas num dia de sol voltei, de repente, a prestar atenção à sombra do meu corpo projetada bem ali na minha frente! E nesta minha "insistência" tão deliciosa e natural de ver Arte no que me rodeia, não resisti a ficar ali a contemplar e a fotografar aquela sombra de pernas gigantes!


E enquanto estava assim entretida, em apenas umas frações de segundo, pude ver a minha sombra começar a desvanecer à minha frente, gradualmente, até desaparecer por completo, tal como podes ver na sequência das imagens acima. Era uma nuvem que por ali estava a passar e que, por uns instantes se pôs "à frente" do sol... e assim, sem a sua luz já não havia mais sombra!... ou melhor, já não se via mais a sombra!...


E pronto! Lá estava eu a fazer mais uma reflexão e uma associação com o que se passa com as nossas próprias sombras interiores, os ditos "fantasminhas de estimação", conforme referi no artigo anterior. E o processo, a meu ver, é muito similar! Com muita frequência, quando estamos a passar por uma fase "sombria", quando os "fantasminhas" resolvem "dar um ar da sua graça" na nossa vida, na forma de medos, inseguranças, desânimo, dúvidas, ansiedade, tristezas, culpa, vergonha, falta de confiança, sensação de falta de sentido ou de rumo na vida, sensação de "não encaixar" em lugar algum, sentimentos de rejeição, traição ou abandono, etc, etc, etc.... (fica à vontade para completar a lista com os "teus fantasminhas" mais familiares!!.).... com muita frequência, dizia eu, como se já não bastasse estarmos a lidar com estes sentimentos desafiantes, ainda temos a tendência a nos sentirmos as "piores criaturas" do mundo por estarmos nesse estado. Sentimos as nossas sombras com uma carga de culpa e de autocrítica que em nada nos ajuda a entender o seu verdadeiro significado e a mais fácil e suavemente passarmos por essas fases mais cinzentas.


Bom, mais uma vez dou por mim a falar no plural!... Não é com a pretensão de afirmar que isto é uma verdade absoluta vivida e experienciada de igual forma por todas as pessoas, mas porque acredito que muitos de vocês aí desse lado se irão identificar com o que estou a partilhar!


Mas falando, então, de mim (para ser mais isenta!)... eu caí (e às vezes ainda escorrego... sou humana!) muitas e muitas e tantas outras vezes, nessa forma de reagir às minhas sombras. Quando elas se "escancaravam" ali à minha frente e me mostravam, às vezes de forma bem concreta e evidente, as "tempestades" que estavam a provocar na minha vida, eu tendia a vivê-las como se fosse uma falha minha, como se elas fossem um atestado, uma confirmação total e absoluta da minha incapacidade, incompetência e impotência. Muitas vezes senti que estava a "andar para trás" em vez de crescer e evoluir porque, de repente, dava por mim a enfrentar novamente "velhos fantasmas" que eu achava que já tinham sido "resolvidos" e... ups! Lá estavam eles outra vez! E a tendência era voltarem ainda mais "espampanantes" e "ruidosos"!


Precisei do meu tempo para entender que o facto de eu me estar a julgar, criticar e autocondenar por sentir o que sentia, não só era a atitude menos adequada, como só fazia prolongar e aumentar o sofrimento e o desconforto daqueles momentos. O sentimento de culpa, especialmente, é dos mais "paralisantes" porque nos drena completamente de toda a energia que mais necessitamos para "dar a volta por cima"!...


Com o tempo e os meus "mergulhos interiores", fui sendo capaz de aprender a não me deixar "inundar" pelas minhas sombras, a não me julgar, criticar ou condenar, a não as rotular como algo "mau" ou "errado" que eu precisava de "expulsar" de mim a todo o custo...


Conforme referi no artigo anterior, tratou-se de aprender a ver o "outro lado" das sombras e a aceitá-las como "partes de mim". Rejeitá-las, condená-las, maltratá-las é o mesmo que rejeitar, condenar, maltratar e desprezar partes de mim!... precisamente as que mais precisam da minha atenção, aceitação e aconchego!... do meu perdão e do meu amor!...


É por isso que elas estão ali!... É por isso que elas se estão a revelar na minha vida.... É por isso que elas estão a "explodir" bem ali à minha frente!... E assim fui aprendendo a encarar as minhas sombras não como um fracasso, uma falha ou um atestado de incapacidade e incompetência, mas como a mais maravilhosa oportunidade de eu realmente ver com "olhos de ver" as "feridas" que precisava de curar!


Afinal era a "Vida" a responder ao meu desejo e intenção de sempre evoluir, crescer e me tornar mais e mais autêntica e alinhada com o meu "verdadeiro Eu"!... Se eu quero ter a minha casa limpa, arrumada e a brilhar, preciso de pegar nos panos e vassouras para limpar o lixo...; e para poder limpar o lixo, preciso de ver onde ele está!... incluindo aquele que em tempos, por descuido ou para "despachar" a tarefa, eu varri para debaixo do tapete.


Se, de alguma forma, te identificas com o que estou a partilhar, permite-me, então, uma sugestão: da próxima vez que te sentires miserável por causa das tuas sombras, pára e respira!... Não permitas que a tua mente te faça cair nos enredos da vitimização, autocrítica, vergonha e culpa!... Não procures sequer pôr-lhes um rótulo ou tentar compreendê-las e justificá-las!... Não "mordas o isco"!... Não te identifiques com elas! Podes mesmo dizer a ti própri@: "Eu não sou as minhas sombras!"; "Eu não sou estas emoções!"; "Eu não sou estes pensamentos!...


Observa-as apenas como se fosses um@ espectador@ de ti própri@; observa-as apenas como se elas fossem nuvens que passam pelo céu (que é a tua mente e o teu corpo), e permite que, tal como as nuvens, elas passem e voltem a mostrar o céu límpido e iluminado!


Quanto mais puderes praticar esta forma desapegada de encarar as tuas sombras, com aceitação e entendimento, mais facilmente as vais poder ver transformadas! É um processo!... Requer "treino" e prática; requer foco, atenção e consistência para não caíres no "piloto automático" novamente!... mas, afinal, não é assim com tudo na vida??!... Passo a passo, gradualmente, amorosamente, vais podendo recuperar a tua soberania e a tua maestria sobre as tuas próprias emoções! Sobre a tua própria energia! Sobre a tua própria vida!...


Está na hora de perderes o medo das sombras; está na hora de as desmistificares e de lhes retirares toda a carga de culpa e de pressão que só têm contribuído para que elas te dominem e bloqueiem, impedindo-te de seguires em frente na tua vida!... Em frente... e para cima!...


E, por último, voltando às fotos que me inspiraram desta vez, gostava só de acrescentar algo que me parece importante lembrar: aquela experiência mostrou-me, metaforicamente, que quando não está sol, "não há" sombra, ou melhor, não se vê a sombra!... Seguramente ela está lá na mesma, pois basta que o sol se mostre novamente por trás das nuvens para que, de imediato, a sombra se volte a revelar à minha frente! De alguma forma é a evidencia de que na ausência de luz não conseguimos ver as sombras!


Então, car@ amig@, alegra-te! Celebra-te! Honra-te e Felicita-te!... Porque se estás capaz de ver as tuas sombras é porque tens a "luz" dentro de ti!... Essa luz é o combustível que te incentiva ao crescimento e ao despertar da tua consciência!... Se assim não fosse, não estavas capaz de as "ver"!..., e como tantos e tantos humanos à tua volta, continuavas apenas entorpecido, anestesiado e hipnotizado pelos ruídos do mundo, perdido no teu mar de vitimização e lamentações!...


Aprende a ver nas sombras, nos teus "fantasmas" ou "feridas abertas" o teu maior potencial de cura, crescimento e evolução!... E assim te vais transcender!... Do mero existir ou sobreviver para o verdadeiro SER!... E chegará o momento em que vais "escolher" evoluir pelo Amor em vez de pela Dor!...


E lembra-te também que para "eliminar" a escuridão das sombras não precisas de lutar com elas, e muito menos "contra elas"!... Basta apenas que acendas uma luz!...


“E assim fui aprendendo a encarar as minhas sombras não como um fracasso, uma falha ou um atestado de incapacidade e incompetência, mas como a mais maravilhosa oportunidade de eu realmente ver com "olhos de ver" as "feridas" que precisava de curar!"

Então... "Dá-te à Luz!!"... 😉💛

Até já!!...


Sofia Silva





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